O Uirapuru
a literatura infantojuvenil pelo encanto da música e da poesia
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https://n2t.net/ark:/35231/pergaminho.v2n1.23Palavras-chave:
Poesia, Música, Uirapuru, OrfeuResumo
Em “O Irapuru”, soneto de Humberto de Campos (1982), o eu lírico confere ao pássaro da Amazônia o epíteto de “Orfeu do seringal tranquilo”, pois o seu canto, assim como o do filho de Apolo e Calíope, faz com que todos parem para ouvi-lo. Esse poder encantatório da música também pode se estender à poesia, pois suas raízes estão ligadas ao canto. Giuliana Ragusa (2013) explica que a palavra “lírica” traz o substantivo lira, instrumento da performance desse gênero, como se observa em Orfeu. A partir da leitura do referido poema, este breve estudo lança mão da abordagem comparada entre a lenda de matriz indígena e o mito grego a fim de refletir sobre os benefícios da perspectiva interdisciplinar entre música e poesia no ensino de Literatura Infanto-Juvenil. Metodologicamente, este trabalho é de natureza bibliográfica e como fundamentação teórica nos embasaremos nos estudos de Segismundo Spina (2002), Roberval Pereyr (2000) e Giuliana Ragusa (2013) que foram indispensáveis para a compreensão do elo entre música e poesia, na proposta de ensino de Hélder Pinheiro (2018) e, por extensão, nos conceitos de Mircea Eliade (1998) e Luís da Câmara Cascudo (2005) sobre mitos e lendas. Propõe-se, portanto, fazer uma breve análise comparativa entre essas histórias e refletir sobre o ensino de poesia em sala de aula.
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