Editorial Pergaminho | v. 2, n. 1, 2022
ARK:
https://n2t.net/ark:/35231/pergaminho.v2n1.35Palavras-chave:
AICLA, Itapecuru Mirim, Maranhão, Brasil, PergaminhoResumo
A tarefa de elaboração do editorial do segundo número da revista Pergaminho, da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (AICLA) é bastante prazerosa, pois remete a duas situações básicas. A primeira é que, num “mar” de revistas científicas e culturais que surgem periodicamente no país, em um período em que a ciência e a cultura vem sendo tão questionadas, alcançar um segundo número significa ter dado uma boa largada e já ter a possibilidade de percorrer um circuito com todas as dificuldades e perigos que esse percurso exige, especialmente quando essa revista é parte do trabalho de uma academia com pouco tempo de existência e estabelecida em um município do interior do Maranhão.
A segunda situação é estar na condição de editor da revista como mediador dos textos escolhidos pelo corpo editorial para apresentá-los – os textos –, e representá-los – os outros editores. E assim, disponibilizar o material produzido pelos escritores e cientistas colaboradores desse número da revista ao público que tem se associado à AICLA desde a sua fundação e a revista Pergaminho desde o seu lançamento.
Neste número reunimos textos sob a forma de artigos científicos, poema, conto e crônica, além de uma entrevista seguindo a própria lógica da Academia de juntar no mesmo espaço a ciência, as letras e as artes. Os temas dos artigos científicos variam desde a problemática da pesca no rio Itapecuru, que é o principal tema relacionado às questões ambientais no município, passando pela questão da linguística, até alcançar a educação como tema mais trabalhado entre os textos apresentados.
O primeiro artigo trata sobre “A educação pública primária no Maranhão: o período oitocentista a partir do ordenamento jurídico”. No texto, o autor, que também é acadêmico, analisa como a educação pública naquele período funcionou às avessas do seu próprio fundamento que é a socialização do ensino oportunizando a todas as pessoas o acesso à educação. O outro artigo que trata do tema educação e é apresentado na sequência, discute o ensino remoto como alternativa durante o período de pandemia no texto intitulado “Ensino remoto: reflexões sobre o estágio supervisionado em tempos de pandemia”. A autora analisa esse método de ensino a partir da experiência de alunos da licenciatura apontando quais foram as vantagens e as desvantagens encontradas por alunos e professores discutindo, também o que pode ser melhorado para que os alunos possam obter resultados melhores nesse tipo de ensino que estará presente em todas as áreas do ensino mesmo após o retorno do ensino presencial.
O artigo seguinte é uma apresentação da pesca predatória no rio Itapecuru na área geográfica do município de Itapecuru Mirim. O autor mergulha de tal forma na discussão sobre o tema a ponto de se identificar que as águas do rio são dissecadas de um extremo a outro para mostrar o quanto a atuação de pescadores profissionais e amadores vem acabando com a biodiversidade, que já levou ao quase desaparecimento de espécies importantes tanto econômicas quanto estratégicos para a sobrevivência da vida no rio.
No texto seguinte a temática é a literatura, com o autor estudando “O uirapuru: a literatura infanto-juvenil pelo encanto da música e da poesia”. O texto relaciona o poema de Humberto de Campos com a música de Jacobina (Valdemar Ramos Oliveira) e Murilo Latini e que está baseada no poema para fazer uma relação entre música e poesia demonstrando como o estudo da poesia pode ficar mais interessante quando aliado à música.
No texto “Cinema, alto-falante e jornais de Itapecuru Mirim” o acadêmico Benedito Buzar faz um passeio histórico pelos meios de comunicação de Itapecuru Mirim após a implantação da energia elétrica no município no final da primeira metade do século XX e instalação de veículos que vão do cinema, passando pelos alto-falantes e jornais até a chegada da televisão já no final da década de 1960.
Completam os textos o poema “A ponte” da acadêmica Benedita Azevedo e mais três poemas do poeta José de Mota de Souza e o conto “Sonhos e delírios em Barreirinhas”. E por fim uma entrevista com a escritora, professora aposentada da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), membra da Academia Maranhense de Letras (AML), Ceres Costa Fernandes, encaminhada por Gabriela Santana, faz o encerramento.
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