O Canto do Griot
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https://n2t.net/ark:/35231/pergaminho.v1n1.16Resumo
A flor, seu nome musgo e pedra,
Igual Briseida também filha de Apolo
ilumina os dentes do dia
e a Fonte da Miquilina treze dias após
o silêncio de Deus
as ruas são travessia sem um Estige,
São Jorge de turbante pelo Caminho Grande,
anjos de pedra ateiam fogo na neblina,
só o clarão do verbo iluminando os sonhos,
é o instante passando sem mim
e sou terra ainda, poeira e lama
do Reino de Nanã,
onde as horas, folhas e sombras
sob a igreja da matriz
tem a fundura das águas sem nome
ah, Itapecuru, sepultados estão
os teus orixás,
teu babalaô, o velho Policarpo
descansa nos campos da paz,
sozinho, seu tambor silenciado,
grandes pássaros devoram o tempo
e trêmulo, as mãos cheias de memórias,
peço suas bênçãos, pais antigos
é chegada a hora, a esperada hora
de também ver o abismo.
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